Nascimento

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conferencista leandro nascimento

quinta-feira, 6 de outubro de 2011



A Promessa Feita a Abraão

Deus procurou para si um povo que lhe assentasse como uma luva.  Essa é uma grande exigência, levando em consideração o nosso ambiente pecaminoso e o fato de que todos pecamos.  Mas Deus começou a realizar isso por volta de 2.000 anos antes de Cristo.  Ele mandou que um jovem chamado Abrão e sua família deixassem uma das principais cidades do mundo.  Eles se mudaram para 900 km ao norte, para outra cidade com laços culturais.  Quando amadureceu, após a morte do seu pai, Abrão recebeu ordens de se mudar novamente, dessa vez 640 km ao sudoeste, para uma terra totalmente estranha para ele.  Deus lhe disse que um dia aquela terra pertenceria aos seus descendentes. E Deus fez outras promessas a ele com respeito à sua descendência.  Por meio de Abrão, haveria bênçãos sobre todas as famílias da terra (Gênesis 12:1-3).

Mais tarde, o nome de Abrão foi mudado para Abraão, para refletir o fato de que ele seria o pai de muitas nações.  Para que isso acontecesse, Abraão primeiramente tinha de ser pai de um povo de quem Jeová seria Deus (Gênesis 17:7) e por meio do qual Deus viria ao mundo.  A nação resultante de Israel prenunciava um povo espiritual e ideal no qual Deus teria o que desejava.

É óbvio que as promessas de Deus não se cumpriram na descendência física de Abraão, pois seus descendentes tinham de aprender a guardar os caminhos de Jeová, para que Deus pudesse cumprir em Abraão tudo o que ele tinha prometido, até mesmo a bênção posterior para todas as nações (Gênesis 18:18-19).  Assim, Israel tinha de fazer certas coisas para cumprir um propósito que estava além de si.

Paulo também afirma que as promessas de bênção apontavam para além do Israel carnal, na terra deles e debaixo da lei.  Com respeito às promessas feitas por Deus referente à semente de Abraão, ele disse:  "
Não diz:  E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só:  E ao teu descendente, que é Cristo" (Galátas 3:16).  Paulo não está dizendo que a "descendência", que simplesmente significa posteridade, exige uma só pessoa, mas que "o descendente" é uma explicação do que a promessa, a lei e os profetas transmitiam: viria alguém em quem todas as nações seriam abençoadas.

E, assim como Israel era o nome de uma pessoa que incorporou toda uma nação, Cristo foi a incorporação de todos os que pela fé foram batizados nele.  Em Cristo, há muitos (1 Coríntios 12:20).  São eles os herdeiros em um descendente da promessa feita a Abraão (Galátas 3:26-28).

Esses são os que recebem por herança não uma mera terra física, mas uma habitação espiritual e abençoada, a igreja (Isaías 62:1-4; Zacarias 13:1-2), e, ao fim, junto com Abraão, aquela cidade eterna feita por Deus (Hebreus 11:8-10; 13:14), o céu.  Então o céu, não uma terra que Israel perdeu por infidelidade, seria o fim da jornada para Abraão e seus descendentes em Cristo.  Abraão no final seria o pai de um povo espiritual e purificado, que tinha a fé dele e obedecia como ele obedecia, que seria circunciso no coração e no espírito e não na carne.  Essas são as pessoas de todas as nações, a quem Deus escolheu para si.

Deus deu a Jeremias um bom exemplo do que Deus procura em seu povo e, portanto, do que deve caracterizar esse povo.  Para mostrar a coerência que deve haver entre Deus e o seu povo, Jeremias recebeu ordens de comprar e usar um cinto de linho, uma roupa íntima que ficava bem rente ao corpo, mas não devia ser molhada antes de vestir.  Assim, o linho seria inflexível.  Depois de passar pelo que deve ter sido uma situação desconfortável, Jeremias recebeu ordens de levar o cinto ao Eufrates, onde devia enterrá-lo num buraco ao lado do rio, o que deve ter feito com todo prazer.  Após algum tempo, teve ordens para retirar o cinto.  Estava estragado e inutilizável.  Deus disse que arruinaria assim o orgulho de Judá e de Jerusalém e a teimosia daqueles que se recusavam a ouvir as suas palavras.  Embora destruísse alguns, ele tiraria um remanescente de sua terra contaminada e o preservaria no cativeiro.  Por meio desse remanescente, ele daria continuidade ao seu propósito imutável.  Mas, depois disso, a lição:  "
Porque, como o cinto se apega aos lombos do homem, assim eu fiz apegar-se a mim toda a casa de Israel e . . . Judá . . . para me serem por povo . . . mas não deram ouvidos" (Jeremias 13:11).  O povo de Deus deve ser-lhe adequado, rendendo-se ao que ele é.  Como era desconfortável o seu relacionamento com um Israel resistente, que não se entregava.

Mas hoje Deus tem o povo que deseja.  Ele começou com Abraão e terminou com Cristo, que é o primogênito de muitos irmãos.  Deus predeterminou que esses irmãos fossem
parecidos com Cristo (Romanos 8:30).  Pessoas não fazem parte do povo de Deus apenas porque são religiosas ou fazem coisas religiosas.  Não são povo de Deus simplesmente porque são contadas como membros da igreja de Cristo.  Nem todas as pessoas das congregações do Novo Testamento eram povo de Deus (1 Coríntios 5:5; Apocalipse 3:5; Judas 12).  Assim como nem todo Israel era Israel de Deus (Romanos 9:6).  Somos povo de Deus, vivendo na esperança da eterna cidade, quando imitamos a Cristo, quando nos encaixamos com Deus, como uma luva.

A nossa desculpa de que somos muito fracos, quando deveríamos nos entristecer e nos arrepender, mostra como somos demasiadamente influenciados pela permissividade do mundo.  Não devemos nos sentir tão à vontade com este mundo quando somos apenas peregrinos de passagem, assim como Abraão por Canaã.  Somos os herdeiros do supremo desígnio que nos permite, em perdão e em santificação, ser participantes da natureza divina, mostrar as excelências de Deus.  É isso que faz o povo de Deus.

: Na verdade Abraão ou Abrão, como ele se chamava inicialmente, não era judeu de berço. Gênesis 11.26-28 diz em relação à sua origem: "Viveu Tera setenta anos e gerou a Abrão, a Naor e a Harã. São estas as gerações de Tera. Tera gerou a Abrão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. Morreu Harã, na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus, estando Tera, seu pai, ainda vivo."Sobre Ur lemos num dicionário bíblico: "Cidade muito antiga no sul da Babilônia, que se indentifica como Tell el-Muqayyar; ela estava situada na margem direita do rio Eufrates, a meio caminho entre Bagdá e o Golfo Pérsico. Tera e seus filhos – entre eles Abrão – nasceram em Ur e de lá se mudaram para Harã". Portanto, a pátria de Abraão ficava na Babilônia. Josué também salienta isso no seu "discurso à nação": "...Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Antigamente, vossos pais, Tera, pai de Abraão e de Naor, habitaram dalém do Eufrates e serviram a outros deuses" (Js 24.2). Abraão de fato descendia de Sem, portanto era um semita, mas ele servia a quaisquer outros deuses babilônicos. Ter origem semítica ainda não significava ser o patriarca de Israel, mas simplesmente que Canaã lhe seria submisso, seria seu servo (Gn 9.26).

A mudança só ocorreu em Gênesis 12. Ali houve um acontecimento que não apenas desestruturou o pequeno mundo de Abraão, mas que teve conseqüências que vão perdurar até o fim dos tempos. O Deus Soberano, o Criador dos céus e da terra, chamou um único homem, ordenou-lhe que deixasse sua terra e partisse para uma terra distante que Ele lhe mostraria. O Senhor não lhe disse o nome dessa terra. Por isso, Abraão não sabia em que se envolveria, mas creu na promessa que lhe foi dada a seguir: "de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção!" (Gn 12.2). Embora somente seu neto Jacó tenha recebido o nome de Israel (Gn 32.28), isto não muda o fato de Abraão ser o patriarca do povo de Israel. Pois Abraão, Isaque e Jacó sempre são mencionados em conjunto, por exemplo, em Gênesis 50.24; Êxodo 33.1; Levítico 26.42; Números 32.11; Deuteronômio 1.8; Mateus 1.2; Lucas 13.28; Hebreus 11.8-9 e assim por diante. A base para isso é e continuará sendo a aliança de Deus com Abraão.

O nome "judeus" muitas vezes é usado como sinônimo de Israel, mas deveríamos lembrar que isso não é historicamente exato, pois o reino de Davi se dividiu depois da morte de Salomão (930 a.C.). Formou-se, por um lado, o Reino do Norte (as dez tribos de Israel) e, por outro lado, o Reino do Sul (as duas tribos de Judá, os descendentes de Judá e Benjamim – veja 1 Reis 12). Depois do cativeiro babilônico, o nome "judeus" é usado de modo geral para os habitantes da Judéia. É interessante que no Novo Testamento Jesus é chamado de "Rei dos judeus" pelos estrangeiros (Mt 2.2; Mt 27.11, etc.), enquanto os próprios judeus o chamaram de "rei de Israel" (Mt 27.42). Atualmente não importa mais se um judeu ou uma judia descende de Judá, de Benjamim ou de qualquer uma das outras dez tribos. Usa-se a designação "judeus" genericamente para uma comunidade étnica que sobreviveu apesar de séculos de perseguição, porque Deus confirmou Sua aliança com Israel através de um juramento e conduzirá Seu povo para o alvo!
Deveriam os Cristãos Guardar o Sábado Hoje em Dia?

O Que a Bíblia Diz?

No Velho Testamento, Deus ordenou aos israelitas que santificassem o dia do sábado e não trabalhassem nesse dia. Deveriam os cristãos de hoje, também, descansar e adorar no dia do sábado? Muitos grupos religiosos (Adventistas do Sétimo Dia, por exemplo) ensinam que deveríamos. O que a Bíblia diz?

Em Êxodo 20:8-11 Deus ordenou aos judeus que guardassem o dia do sábado (veja nota 1). No Novo Testamento, vemos que as leis do Velho Testamento eram para continuar somente até a morte de Cristo. (Nas passagens seguintes, a ênfase está acrescentada para esclarecer o sentido).

Efésios 2:14-15

"Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derrubado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu na sua carne a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo um novo homen, fazendo a paz." Esta passagem mostra que Cristo aboliu a "lei dos mandamentos". Desde que a guarda do sábado era um destes mandamentos, e não foi incluída no Novo Testamento, não necessitamos guardar o sábado.

Romanos 7:4-7

"Assim, meus irmãos, também vós morrestes relativamente à lei, por meio do corpo de Cristo, para pertencerdes a outro, a saber, aquele que ressuscitou dentre os mortos, e deste modo frutifiquemos para Deus. Porque, quando vivíamos segundo a carne, as paixões pecaminosas postas em realce pela lei, operavam em nossos membros a fim de frutificarem para a morte. Agora porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra. Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás." Esta passagem claramente diz que morremos para a lei e estamos, portanto, "libertos da lei". A lei de que Paulo falava incluía os dez mandamentos, porque no versículo 7 ele citou: "Não cobiçarás" como uma das leis. (Veja Nota 2).

2 Coríntios 3:6-11

"O qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. E se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, como não será de maior glória o ministério do Espírito? Porque se o ministério da condenação foi glória, em muito maior proporção será glorioso o ministério da justiça. Porquanto, na verdade, o que outrora foi glorificado, neste respeito já não resplandece, diante da atual sobreexcelente glória. Porque, se o que se desvanecia teve sua glória, muito mais glória tem o que é permanente." Aqui Paulo está comparando o ministério da morte e da condenação com o ministério do Espírito e da justiça. O ministério da morte estava desaparecendo, mas o ministério do Espírito estava continuando. Mas qual era o ministério da morte e da condenação que estava desaparecendo? Era o ministério "gravado com letras nas pedras". Se cremos no Novo Testamento, temos que acreditar que a revelação escrita nas pedras, no Velho Testamento (os dez mandamentos), já morreu. Esta passagem afirma isso claramente.

Gálatas 3:15-5:4

Gálatas 3:19
"Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador." Se a lei foi acrescentada até que Cristo veio, então o domínio da lei parou quando Cristo veio.

Gálatas 3:24-25 "De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." A lei foi nosso instrutor, para levar-nos a Cristo, mas agora que Cristo veio, "já não permanecemos subordinados ao instrutor".

Gálatas 4:1-5 "Digo, pois, que durante o tempo em que o herdeiro é menor, em nada difere de escravo, posto que é ele senhor de tudo. Mas está sob tutores e curadores até ao tempo predeterminado pelo pai. Assim também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo; vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos." A lei foi dada para a infância do povo de Deus. Cristo veio para nos adotar como filhos e redimir-nos da lei.

Gálatas 4:24,31 "Estas cousas são alegóricas: porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Hagar. . . . E assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e, sim, da livre." Neste trecho, Paulo compara a lei dada no Sinai com Hagar (a mulher escrava), e a nova aliança com Sara (a esposa livre). Ele diz claramente que somos da mulher livre e não da mulher escrava. Portanto, estamos sob a nova aliança e não sob a aliança do Monte Sinai, que incluiu os dez mandamentos. Por favor, estude cuidadosamente este assunto, por completo.

Gálatas 5:4 "De Cristo vos desligastes vós que procurais justificar-vos na lei, da graça decaístes." A conseqüência da volta para a lei é que decaímos da graça.

Hebreus 7-10

Hebreus 7:12 "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei." A lei foi mudada.

Hebreus 7:18-19 "Portanto, por um lado, se revoga a anterior ordenança, por causa de sua fraqueza e inutilidade (pois a lei nunca aperfeiçoou cousa alguma) e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." A antiga aliança foi revogada.

Hebreus 8:7-13 "Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda. E, de fato, repreendendo-os, diz: Eis aí vêm dias, diz o Senhor, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, não segundo a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os conduzir até fora da terra do Egito; pois eles não continuaram na minha aliança, e eu não atentei para eles, diz o Senhor. Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor. Nas suas mentes imprimirei as minhas leis, também sobre os seus corações as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades usarei de misericórdia, e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, está prestes a desaparecer." Temos uma nova aliança. Por que voltar para a velha?

Hebreus 9:4 "Ao qual pertencia um altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança totalmente coberta de ouro, na qual estava uma urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança." A aliança a que ele tem se referido inclui as "tábuas da aliança": os dez mandamentos.

Colossenses 2:16-17

"Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das cousas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo." Talvez seja este o texto mais importante de toda esta discussão, porque ele claramente menciona o dia do sábado como parte da sombra que foi substituída por Cristo. (Veja Notas 3 e 4). O sábado não é, para nós, hoje, mais parte do padrão de Deus do que a conservação do festival da lua nova. Ambos foram partes da aliança do Velho Testamento, que foi substituída pela nova aliança de Cristo.

Os cristãos de hoje têm que seguir o Novo Testamento, que não ordena que qualquer dia seja completamente posto de lado como um dia de descanso, mas sim, mostra o padrão dos cristãos reunindo-se para adorar juntos nos domingos (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:1:2). (Veja Notas 5 e 6).

Nota 1:

O sábado era só para os judeus.

Muitas passagens mostram que o mandamento para guardar o sábado foi dado somente aos judeus. Por exemplo:

· Êxodo 31:12-18 "Disse mais o Senhor a Moisés: Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os meus sábados; pois é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto guardareis o sábado, porque é santo para vós outros: aquele que o profanar, morrerá; pois qualquer que nele fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; qualquer que no dia do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, e ao sétimo dia descansou e tomou alento. E, tendo acabado de falar com êle no monte Sinai, deu a Moisés as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus." Aqui ele afirmou que o sábado era entre Deus e os filhos de Israel.

· Deuteronômio 5:1-3, 12 "Chamou Moisés a todo o Israel, e disse-lhe: Ouvi, ó Israel, os estatutos e juízos que hoje vos falo aos ouvidos, para que os aprendais e cuideis em os cumprirdes. O Senhor nosso Deus fez aliança conosco em Horebe. Não foi com nossos pais que fez o Senhor esta aliança, e, sim, conosco, todos os que hoje aqui estamos vivos...Guarda o dia de sábado, para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus." A aliança que incluía o dia do sábado foi exclusivamente feita com os israelitas e com ninguém mais.

· Ezequiel 20:10-12 "Tirei-os da terra do Egito e os levei para o deserto. Dei-lhes os meus estatutos, e lhes fiz conhecer os meus juízos, os quais cumprindo-os o homem, viverá por eles. Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica." Aqueles a quem a lei do sábado foi dada foram o povo de Israel, aqueles que foram resgatados do Egito.

Às vezes, os adventistas mostram que Deus descansou no sétimo dia da criação (Gênesis 2:1-3). E daí eles deduzem que aos homens foi ordenado que guardassem o sábado desde o tempo da criação. Mas nenhuma passagem afirma isso. De fato, a primeira vez que lemos sobre homens guardando o sábado, ou um mandamento para os homens guardarem o sábado, é em Êxodo 16, depois que Moisés tinha guiado os israelitas para fora do Egito. Gênesis 2 mostra que Deus descansou no sétimo dia, mas não ordena que os homens guardem o sétimo dia. De fato, a Bíblia nunca ordenou aos gentios que guardassem o sábado somente os judeus desde o tempo de Moisés até Cristo.

Nota 2:

Há diferença entre lei moral e lei cerimonial?

O Novo Testamento mostra que os cristãos não estão mais sob a obrigação de guardar a lei do Velho Testamento. Os adventistas e outros tentam escapar do significado destes textos, inventando a diferença entre a lei moral, que eles chamam a lei de Deus, e a lei cerimonial, que eles chamam a lei de Moisés. Normalmente, eles ensinam que a lei cerimonial foi abolida por Cristo (assim não guardamos a Páscoa nem oferecemos sacrifícios de animais) mas a lei moral ainda está vigente. Esta distinção não está na Bíblia.

A Bíblia usa as expressões lei do Senhor e lei de Moisés, sem fazer distinção, nos mesmos casos:

· 2 Crônicas 34:14 "Quando se tirava o dinheiro que se havia trazido à casa do Senhor, Hilquias, o sacerdote, achou o Livro da Lei do Senhor, dada por intermédio de Moisés."

· Esdras 7:6 "Ele era escriba versado na lei de Moisés, dada pelo Senhor Deus de Israel; e, segundo a boa mão do Senhor seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe concedeu tudo quanto lhe pedira."

· Neemias 8:1, 8, 14, 18 "Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei de Moisés, que o Senhor tinha prescrito a Israel. . . . Leram no Livro, na lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia. . . . Acharam escrito na lei que o Senhor ordenara, por intermédio de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês. . . . Dia após dia leu Esdras do livro da lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia houve uma assembléia solene, segundo o prescrito."

· Neemias 10:29 "Firmemente aderiram a seus irmãos, seus nobres convieram numa imprecação e num juramento, de que andariam na lei de Deus, e que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus; de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos."

Em diversas ocasiões,"mandamentos cerimoniais" eram chamados de lei do Senhor: Sacrifícios de animais, sacerdócio, dias de festas (2 Crônicas 31:3-4), a festa dos tabernáculos (Neemias 8:13-18), a consagração dos primogênitos e as oferendas para purificação depois do parto (Lucas 2:23-24). Em outras ocasiões, as leis morais eram ditas como vindo de Moisés. Por exemplo, o mandamento para honrar os pais (Marcos 7:10). Para simplificar, a distinção entre a lei cerimonial de Moisés e a lei de Deus é uma invenção da teologia adventista. Não é encontrada na Bíblia.

Nota 3:

O dia do sábado de Colossenses 2:16 é o sábado semanal.

Algumas vezes, quando confrontados com Colossenses 2:16, que ensina que o dia do sábado foi uma parte da sombra que foi substituída por Cristo, os adventistas replicam que Colossenses 2:16 está se referindo aos "sábados anuais", e não aos "sábados semanais." A verdade é que o termo sábado é usado na Bíblia quase exclusivamente para os sábados semanais e é a própria palavra usada pelo Senhor quando ele deu os dez mandamentos. A única festa anual, para a qual a palavra sábado foi aplicada, é o Dia da Expiação (Levítico 16:31-32).

Olhem cuidadosamente a lista dos tipos de "sombra" em Colossenses 2:16: "comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados". Depois de mencionar comida e bebida, ele (Paulo) também menciona festas (celebrações anuais), lua nova (celebrações mensais) e sábados (celebrações semanais). [E, interessante, muitos adventistas tentam manter as mesmas regras do Velho Testamento sobre comida (estude Marcos 7:19 e Atos 10:9-16)]. Repetidamente, este agrupamento anual, mensal e semanal (às vezes diário) de festas é feito na Bíblia:

· 1 Crônicas 23:30-31 "Deviam estar presentes todas as manhãs para renderem graças ao Senhor, e o louvarem; e da mesma sorte à tarde. E para cada oferecimento dos holocaustos do Senhor, nos sábados, nas luas novas, e nas festas fixas, perante o Senhor, segundo o número determinado."

· 2 Crônicas 2:4 "Eis que estou para edificar a casa ao nome do Senhor meu Deus e lha consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e lhe apresentar o pão contínuo da proposição, e os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados, nas luas novas e nas festividades do Senhor nosso Deus; o que é obrigação perpétua para Israel."

· 2 Crônicas 8:13 "E isto segundo o dever de cada dia, conforme o preceito de Moisés, nos sábados, nas luas novas e nas festas fixas, três vezes no ano: na festa dos pães asmos, na festa das semanas e na festa dos tabernáculos."

· 2 Crônicas 31:3 "A contribuição que fazia o rei da sua própria fazenda era destinada para os holocaustos, para os da manhã e os da tarde, e para os holocaustos dos sábados, das luas novas e das festas fixas, como está escrito na lei do Senhor."

· Neemias 10:33 "Para os pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as festas fixas, e para as cousas sagradas, e para as ofertas pelo pecado, para fazer expiação por Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus."

· Ezequiel 45:17 "Estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de manjares, e as libações, nas festas, nas luas novas e nos sábados, em todas as festas fixas da casa de Israel: ele mesmo proverá a oferta pelo pecado, e a oferta de manjares, e o holocausto, e os sacrifícios pacíficos, para fazer expiação pela casa de Israel."

· Oséias 2:11 "Farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, os seus sábados e todas as suas solenidades."

Paulo usa o mesmo agrupamento em Colossenses 2:16. Por que haveria alguém de torcer suas palavras para fazer com que significasse festas anuais quando ele fala de sábados?

Nota 4:

O significado espiritual do sábado

O dia do sábado era uma sombra da realidade espiritual trazida por Cristo (Colossenses 2:16-17). O sábado significa descanso e libertação do trabalho: Cristo trouxe o descanso e a libertação do pecado. Jesus é o descanso para o qual a sombra do sábado apontava (Mateus 11:28-30). Mesmo a libertação e o descanso que Jesus nos dá agora são apenas uma antecipação do descanso verdadeiro que os cristãos experimentarão no céu (Hebreus 4:9).

Nota 5:

Os primeiros cristãos adoravam no domingo

Duas passagens mostram claramente que os primeiros cristãos adoravam nos domingos:

· Atos 20:7 "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo que devia seguir de viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite." Notem que este dia era um domingo. Os adventistas argumentam que esta reunião era na noite de sábado, mas as Escrituras dizem que era no primeiro dia da semana. Notem também que o propósito da reunião deles era partir o pão. Nesse trecho, e referindo a outras passagens (Atos 2:42; 1 Coríntios 10:16; 11:18-34), está claro que isto se refere à Ceia do Senhor. Os adventistas argumentam que eles se reuniram porque Paulo partiria no dia seguinte, mas o trecho diz que eles se reuniram para partir o pão.

· 1 Coríntios 16:1-2 "Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for." Os primeiros cristãos, aqui, contribuíam com seu dinheiro no primeiro dia da semana. Por que seria feita a coleta no domingo, se os cristãos não se reunissem nesse dia?

Nota 6:

Respondendo a objeções

· Jesus guardou o sábado. Certamente que sim. Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e portanto obedeceu a todas as leis do Velho Testamento. Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21; 5:12-14; Mateus 26:18-19). Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha. Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

· Paulo guardou o sábado. As Escrituras não ensinam isto. Havia um número de ocasiões em que Paulo ensinou em sinagogas, no sábado (Atos 18:4, por exemplo). O sábado era o dia quando as pessoas se juntavam na sinagoga e Paulo aproveitou-se dessas oportunidades para ensinar muitas pessoas. Se eu tivesse permissão para ensinar lá, eu haveria de ir a assembléias adventistas todos os sábados. Mas a ida de Paulo às sinagogas, para ensinar no sábado, não prova que ele guardou o sábado como um dia santo de descanso.

· Para sempre. No Velho Testamento, o sábado era "por aliança perpétua nas suas gerações" e "entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre" (Êxodo 31:16-17). Os adventistas argumentam que estes termos mostram que a guarda do sábado semanal nunca terminará (descansaremos no céu, também?). Mas o verdadeiro significado de "para sempre" e "perpétua", neste trecho, é limitado por "nas suas gerações". Estas expressões significam "duração de uma era". Outros mandamentos do Velho Testamento foram "para sempre": por exemplo, a Páscoa (Êxodo 12:24). Muitos mandamentos do Velho Testamento foram "perpétuos": a queima do incenso (Êxodo 30:21), o sacerdócio Levítico (Êxodo 40:15), as ofertas de paz (Levítico 3:17), a parte dos sacerdotes nos sacrifícios (Levítico 6:18, 22; 7:34, 36), o sacrifício anual de animais pela expiação dos pecados (Levítico 16:29, 31,34), etc. Os adventistas, normalmente, não ensinam que sacrifícios de animais, queima de incenso ou a guarda da páscoa têm que ser continuados hoje; porque, entã, deveriam eles argumentar que a guarda do sábado tem que ser continuada hoje?

· Jesus não veio para revogar a lei. Mateus 5:17-18 diz: "Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar; vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." Neste trecho, Jesus está ensinando que seu propósito não era contra a lei. Ele não veio para demolir ou destruir a lei. De fato, Ele era o cumprimento da lei. A lei predisse a vinda de Cristo e a nova aliança que ele haveria de trazer. Esta passagem não está, certamente, ensinando que cada "i" ou "til" da lei obrigaria para sempre; nem os adventistas afirmam isso. Mas em vez disso, que toda a lei e os profetas haveriam de desempenhar suas funções propostas, até o seu cumprimento.

· Jesus disse para orarem para que sua fuga não fosse no sábado. Mateus 24:20 diz: "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado." Nesse trecho, Jesus estava considerando a iminente destruição de Jerusalém. Ele deu aos seus discípulos o sinal pelo qual eles poderiam saber quando a hora de fugir houvesse chegado. E ele os aconselhou a orar para que sua fuga não viesse em um tempo difícil. Havia várias razões porque seria mais difícil fugir no sábado. Normalmente, os judeus trancavam as portas da cidade no sábado, e poderiam ser impedidos em sua fuga por judeus fanáticos; o sábado dificultaria a capacidade dos cristãos para comprar os mantimentos necessários para a fuga. Quando Jesus os avisou para que orassem para que a fuga não fosse num dia de sábado ou no inverno, ele não estava admitindo que os cristãos deveriam guardar o sábado, mais do que deveriam guardar o inverno.

· O papa mudou o sábado. Quando os argumentos da Bíblia lhes falham, os adventistas gostam de tentar provar que os primeiros cristãos guardavam o sábado, mas que esta guarda foi mais tarde mudada para o domingo, pela igreja católica. Mesmo descontando a evidência da Bíblia, esta afirmação pode ser desmentida historicamente. Tanto Inácio como Justino Mártir se referem aos cristãos adorando no domingo e eles escreveram no segundo século, muito antes de haver um papa ou uma igreja católica. Mas pesquisar através de documentos históricos é desnecessário. A Bíblia decide a questão e isso deveria ser suficiente para aqueles que têm fé em Deus.
Reflexo



Certo dia, um rapaz desiludido resolveu seguir o exemplo dos "contos da infância". Colocou-se frente ao seu espelho e perguntou:

- Querido espelho, olhe para mim e me diga: Existe alguém mais infeliz do que eu?

- Com certeza, respondeu o espelho, existe alguém mais triste que tu neste momento. E este alguém sou eu.

O rapaz olhou espantado. Não esperasse que um espelho falasse, e ainda contra ele. Mas o espelho prosseguiu:

- Tu não imaginas a dor que eu sinto ao ver, no meu reflexo, uma pessoa que deixou seus problemas tomarem conta de sua vida, que não tem mais vontade de lutar e principalmente que não consegue ver dentro de si as suas qualidades suas capacidades, seu talento. Queria que estivesse no meu lugar pra ver.

- Tu és uma pessoa tão inteligente, que fala para todos que tem um Deus, e tantas vezes falou do amor de Deus, agora se mostra tão derrotado. Deus é tão pequeno assim em tua vida para que tu te sintas tão inferior assim?

- É pena que tu não vejas através de mim toda a tua facilidade em lidar com as pessoas, o quanto é expressiva a tua voz e tua palavra, quanto teu coração é forte, e o quanto as pessoas te amam. Olhe para ti! Levanta essa cabeça, pois dificuldades todos temos, assim como todos guardam dentro de si algo especial para dar, a capacidade de tornar a própria vida prazerosa.

- Quantas são as pessoas que gostariam de ser como tu és: saudável, inteligente e com toda a vida pela frente! e no entanto, muitas delas são felizes e agradecem à Deus pelas suas vidas! Use a tua sensibilidade - ela é essencial para a vida. Motive-se: ao acordar pela manhã, pense algo do tipo: "hoje meu dia será produtivo, alegre e cheio de vida, pois tenho Deus comigo." . Faça isso com amor no coração e concentre em teus objetivos. De hoje em diante, quero ver outra imagem refletida em mim. Uma imagem de alegria interior.

A vida é tão curta. Não percas tempo com os momentos ruins. Faça deles experiências positivas para continuar tua vida. Ser feliz depende de uma vida em comunhão com Deus e em harmonia contigo mesmo. O que vem depois disso, são apenas resultados.